Estamos a celebrar o 48.º aniversário da Revolução dos Cravos, que derrubou um regime ditatorial e trouxe a liberdade aos portugueses. Até essa altura havia um só partido e o seu líder era sempre o mesmo, daí que Salazar tenha governado tanto tempo o nosso país. Não havia liberdade e as pessoas não podiam ter uma opinião diferente, existindo uma censura prévia a tudo o que era escrito e publicado. As pessoas que mostravam estar contra o regime eram perseguidas, presas e torturadas pela PIDE (Polícia Internacional e de Defesa do Estado).
Nos meios militares o descontentamento dos jovens oficiais era grande, bem como entre os intelectuais e os estudantes universitários. Foi precisamente o movimento dos capitães que, com o apoio de quase todas as unidades militares, desencadearam uma ação para derrubar o regime, ficando conhecido como o Movimento das Forças Armadas (MFA).
No dia 25 de abril de 1974 estalou a revolta que triunfou sem luta, porque o Governo rendeu-se, sem outra alternativa. Esta revolução pacífica ficou também conhecida como Revolução dos Cravos.
O departamento das Ciências Humanas e Sociais não podia esquecer esta importante data e organizou uma exposição na qual simbolicamente apresenta um militar, cartazes, livros e muitos cravos. É também um momento para recordar que outras liberdades estão a ser postas em causa na Europa e noutros países do mundo, numa alegoria ao que se está a passar na Ucrânia.